quinta-feira, 15 de abril de 2010

Mindfuck e o paralelo da blusa ainda verde

É bem mais interessante começar uma crônica pelo seu fim e ir, aos poucos reescrevendo o seu começo do jeito que preferir o autor. É bem mais fácil saber de uma só vez como terminará uma história de amor pra depois articular movimentos e ações pra diminuir as expectativas dos primeiros dias de paixão. Porém todas as coisas fáceis e intessantes já estão muito chatas.
Estava lá eu, indo ou vindo de algum lugar, naquele tal trem, locomotiva desses nossos novos tempos, e por ser como sou, tolo e ignorante, fechei os olhos para lhe ver melhor enquanto passava o tempo até que meu destine se desse.
Não há ainda nessa matéria, pois só pode ser modificada e destruída jamais, um outro ser tão problemático a colocar-se frente a um espelho qualquer dentro de sua casa, um sorriso ou outro perdido ante seu reflexo perfeito, os cabelos mal penteados, a preguiça exposta em seu corpo depois de ser cuspida cama a fora, a roupa que vai aos poucos tapando-lhe os meus sonhos,
e uma blusa.
Há algumas explicações para serem abordadas antes que adentremos de vez nesse ínterim que me veio à mente durante a manhã e fora comprovado somente à noite.
O que não poderia jamais entender e nem faço assim tanta questão de querer, é como uma pessoa que parece ter tanta inteligência e sagacidade se deixa levar pelos erros fatais de uma simples adolescente ao auge do poder que lhe foi entregue nas mãos. Como pode insistir no que não existe, como pode acreditar na mentira, como não vê o que está frente aos seus olhos????
Pois bem... ainda não entendi como Durique saiu de casa com tamanha blusa feia da cor extremamente forte de um verde florescente, ou “fosforecente” como diriam uns outros poetas populares. Na certa havia marcado um encontro, talvez algum pirigueti com problemas de visão, miopia provavelmente, e justamente por essa sua deficiência, agiu mais uma vez com o coração e lhe fez a bondade de estar um tanto quanto chamativa para que não se perdessem um do outro. Belíssima Durique com todas as suas qualidades que não se agüentam por dentro e vazam de seu corpo como o perfume que exala nos seus melhores momentos. Belíssima Durique com a verdade exposta em todas as suas palavras como as minhas, e eu, bobo, me faço entender aos poucos. E desejaria tanto ser um pouco mais ignorante para que passassem despercebidas aos meus olhos as verdades que ela entrega nas mãos alheias.
Tento me fazer entender também.
Mas se enxergam, vêem bem mais do que poderia estar aqui escrito nas minhas humildes palavras todas dedicadas a quem me lê. Se olham com olhos diferentes dos normais (e vejam que não é essa a minha intenção) conseguiriam extrair tudo o que não há ou o que está muito bem escondido.
Um dia eu disse que se quiserem saber de mim, se quiserem desvendar todos os meus segredos ocultos, o sentimento que morre dentro de mim todos os dias, se um dia quiserem ao menos saber o que penso sem escrúpulos nem medo da multidão, era só entender minhas palavras.
Mas é uma pena que não entendam...
P.V. 15/04/10 10:22

Um comentário:

Karoline disse...

' A minha querida blusa VERDE FLORESCENTE, não é feia senhor PAULO VICTOR !
aoisoieoioia, mas admito que ri lendo aqi, rs .